quarta-feira, 18 de julho de 2007

VERBD: Introdução


Da autoria de Pedro Moura (do blog de crítica de banda desenhada LERBD), e realização de Paulo Seabra, VERBD é uma produção externa da Black Maria para a RTP2. São 5 episódios de 25 minutos cada, e irão para o ar durante o fim de Julho e o mês de Agosto.
VERBD desenhará um panorama geral da banda desenhada portuguesa, com uma especial atenção para a produção contemporânea. Entrevistaram-se onze autores que estão a desenvolver os seus projectos e têm publicado trabalhos de uma qualidade excelente. Por ordem alfabética, são eles Filipe Abranches, Isabel Carvalho, Diniz Conefrey, João Carlos Fernandes, António José Gonçalves, Luís Henriques, André Lemos, Susa Monteiro, Pedro Nora, Miguel Rocha e David Soares. Esta lista inclui desde nomes já famosos e com um longo trabalho a outros mais jovens e “acabados de chegar”. Mais do que se ser exaustivo, pretende-se que esta selecção, apesar de necessariamente parcial, seja pertinente e significativa.
Para além dos autores, entrevistaram-se especialistas da matéria - críticos, historiadores, editores, professores: João Paiva Bóleo, José Pedro Cavalheiro, João Paulo Cotrim, António Dias de Deus, Marcos Farrajota, João Miguel Lameiras, Geraldes Lino, Domingos Isabelinho, Dinis Machado, Jorge Nesbitt e Leonardo De Sá.

Cada episódio está organizado segundo linhas temáticas, apresentando como se editam os trabalhos, as técnicas seguidas pelos vários autores, as relações estabelecidas com o público em geral, o modo como se transmitem as experiências havidas ao longo do tempo e mesmo indo a questões mais profundas sobre a banda desenhada enquanto modo de expressão.
Seguindo uma estrutura dinâmica, servida de muitas imagens, uma profusão de informações, este programa é feito num equilíbrio feliz para que possa agradar aos que já são leitores de banda desenhada, de longa ou curta data, àqueles que ainda não descobriram esta arte.
Um dos aspectos singulares do VERBD é não possuir um único momento sincronizado entre a imagem e o som. As especificidades da banda desenhada informaram a feitura do programa,
as opções estruturais e estéticas tomadas, as quais remetem sempre para o seu objecto. Essa aproximação efectiva entre o objecto discutido e as formas audiovisuais televisivas levam a que este programa apresente facetas de grande criatividade e raramente vistas na televisão portuguesa.

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